segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Julio Cortázar tradutor

Esta postagem está atrasada, deveria ter sido publicada em 30 de Setembro, que é considerado o dia do tradutor, por ser o dia em que se celebra o padroeiro dos tradutores: São Jerônimo, que traduziu a Bíblia ao Latim (aliás, lembro do meu professor de Latim dizendo que São Jerônimo limou - limou, serrou ou algo assim - os dentes para melhorar sua pronúncia do Latim... argh! Mas, voltando ao assunto...).

Cortázar é muito conhecido pela qualidade de seu trabalho literário, mas nem todo leitor seu sabe que foi também tradutor. Segue uma lista de obras que ele traduziu, de acordo com Andrés Amorós:

Henri Bremond: A poesia pura
G. K. Chesterton: O homem que sabia demais
Daniel Defoe: Robinson Crusoé
André Gide: O imoralista
Jean Giono: Nascimento da odisséia
Lord Houghton: Vida e carta de John Keats
Walter de la Mare: Memórias de uma anã
Edgar Allan Poe: Obras em prosa, Contos, Aventuras de Arthur Gordon Pym e Eureka
Alfred Stern: Filosofia do riso e do pranto e A filosofia existencial de Jean-Paul Sartre
Marguerite Yourcenar: Memórias de Adriano

Nota: Não estou seguro de que estes sejam os nomes que as obras ganharam em português; apenas traduzi da lista original, em que os nomes figuram em espanhol.

2 comentários:

  1. uau
    anotado.

    relendo uns arquivos antigos duma suposta "Primeira entrevista" que infelizmente não guardei o link e foi deletada (esse meu arquivo de 2004, eu costumava fazer coletâneas morellianas na époque). aqui transcrevo-te:


    "Um dia, caminhando pelo centro de Buenos Aires, entrei numa livraria e vi um livro de tal de Jean Cocteau, que se chamava Ópio, com um subtítulo Diário de uma desintoxicação. Era traduzido por Julio Gomes de la Serna, com um prólogo de Ramón. Aliás, um prólogo magnífico, como quase todos os prólogos de Ramón Gómez de la Serna. Bem, havia nesse livro alguma coisa — que fez com que eu o comprasse, entrasse num café e, vou me lembrar disso para sempre, começasse a lê-lo às quatro da tarde. Às sete da noite eu ainda estava lendo o livro, fascinado. E com o livrinho de Cocteau entrei de cabeça não na literatura moderna, mas no mundo moderno. "


    estou com o Ópio aqui (em PDF), caso se interesse, send-me a letter.

    aqui,
    t.

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  2. Interessa, sim! Mande-me, por favor.

    Obrigado pelos comentários, tão enriquecedores!

    Beijos

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