sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Não comprem a nova edição de "O Jogo da Amarelinha"!

Isso mesmo: não comprem! A Record (dona do selo Civilização Brasileira) só recauchutou o livro, com capa dura, sobrecapa e um prefácio do Ari Roitman. A tradução, ao contrário do que diz o site do grupo editorial (vide imagem abaixo), é a mesma de Fernando de Castro Ferro.

Segue e-mail que escrevi a eles:

Senhores,
Acabo de voltar para casa com um exemplar da edição comemorativa de 50 anos de publicação de O Jogo da Amarelinha.

Sou tradutor e a única coisa que me interessava nesta nova edição era a nova tradução, de Ari Roitman. Fiquei muito decepcionado ao abrir o livro e ver de quem é a tradução. Fernando de Castro Ferro". Este é o mesmo tradutor das edições anteriores!

Pensei que poderia ter sido um erro de impressão, e me apressei a comparar algumas passagens. Não me enganara, é a mesmíssima tradução.

Se eu houvesse sido mal informado pela livraria ou pelo site de vendas, vá lá, a editora estaria eximida de culpa. Mas o grupo editorial Record publicou em seu site que Ari Roitman (...) assina o prefácio e a TRADUÇÃO.

Sinto-me absolutamente revoltado e desrespeitado, tendo jogado no lixo o meu dinheiro, porque, fora a capa dura e o prefácio de Roitman, é o mesmíssimo livro que já tenho aqui.

Gostaria de receber uma explicação convincente para isto.

Gustavo Melo Ribeiro

Site da Record diz uma coisa, mas os créditos do livro provam outra


domingo, 13 de outubro de 2013

Finalmente!, uma nova tradução de “Rayuela” para o português!

ATENÇÃO! NOVIDADES SOBRE ESTE ASSUNTO NESTE OUTRO POST:
http://blogmorellianas.blogspot.com.br/2013/11/nao-comprem-nova-edicao-de-o-jogo-da.html

Um dos maiores mistérios de “O Jogo da Amarelinha” para mim sempre foi seu tradutor. Quem será aquele tal de Fernando de Castro Ferro? Nãolembro de jamais ter encontrado informações seguras e substanciais sobre ele. As informações que se encontram em fóruns e blogs são, às vezes, contraditórias e, com frequência, pouco claras.

Em um post anterior (http://blogmorellianas.blogspot.com.br/2013/03/rayuela-em-hebraico-e-em-portugues-nao.html), comentei que a Civilização Brasileira pretendia lançar uma nova tradução do livro, feita pelo professor Eric Nepomuceno. Desde aquela época, fiquei aguardando alguma resposta, tanto da editora como do tradutor, mas nunca recebi uma linha sequer deles.

Pois parece que os planos mudaram: a tradução comemorativa dos 50 anos de publicação de “Rayuela” não será feita por Nepomuceno. Aliás, não foi feita. Porque já está em pré-venda essa edição comemorativa. A tradução ficou a cargo de Ari Roitman –  uma de suas raras traduções sem algum parceiro tradutor (como Paulina Wacht, com quem traduziu vários livros de Cortázar .

Com 602 páginas (menos que as 640 das edições recentes), e ao preço de R$ 70, esta edição especial tem ainda um prefácio do tradutor e uma bela arte de capa, de alguma forte semelhante a todo o projeto gráfico dos livros cortazarianos publicados pela Civilização Brasileira. Segundo alguns sites de venda de livros, espera-se que a edição esteja disponível a partir de 20 de outubro. (Alguns sites dizem já ter o produto, mas quando se liga pra loja, não há estoque ainda.)

Eu vou comprar o meu e vou direto ao capítulo 50, para ver como Roitman se virou com a tradução do trecho “una fuente de porlan”, embora eu desconfie que ele vá se guiar pela nota da edição da Cátedra do livro, que opina que porlan seja uma forma de representar a pronúncia de Portland, um tipo de cimento ou algo assim.

Eu, que não tenho lido nem as placas do metrô (o que me faz ir para a direção errada, com consequências bem cortazarianas...) vou ter de dedicar tempo e atenção a esta nova edição.

Terá Roitman coragem de alterar muito a consagrada tradução do capítulo 7?

Capa da nova edição

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Aulas com Cortázar

Esta indicação chegou até o Morellianas pelo leitor Carlos Piloto, de Santos (SP). É um interessante link que nos conta sobre um novo livro de Cortázar que chegou às livrarias. Chamado "Clases de Literatura", é a transcrição dos cursos sobre o assunto dados por Cortázar na University of California, Berkeley.

Lançado pela Alfaguara e custando 170 pesos argentinos (cerca de R$ 65, pela cotação de hoje) deve ser um interessante retrato do que passava pela cabeça de Cortázar nos últimos anos de sua vida.

Para saber mais, sigam o link enviado pelo amigo Carlos:
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/30642/aulas+de+cortazar+em+universidade+dos+eua+viram+livro+sobre+historia+da+america+latina.shtml

sábado, 10 de agosto de 2013

A Buenos Aires ea Paris de Rayuela na Revista da Cultura

A edição mais recente da Revista da Cultura, publicação da Livraria Cultura, apresenta uma reportagem, ilustrada com bonitas fotos de João Correia Filho, sobre as cidades onde se passa "O Jogo da Amarelinha".

Pena que seja tão curta - merecíamos ver mais daquelas imagens deslumbrantes. Mesmo assim, vale a pena olhar, no site da revista:

http://www.revistadacultura.com.br/revistadacultura/detalhe/13-08-05/Dupla_cidadania.aspx


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Notícias poliglotas

Encontrei notícias bem interessantes sobre Cortázar ultimamente, mas não tive tempo de organizá-las. Divido-as com vocês, mesmo um pouco bagunçadas. (Links marcados com um [+] são especialmente recomendados.)

I've recently found some rather interesting pieces of news about Cortázar, although I haven't had time to organized them. I share them with you, though they are a little unsorted. (Links marked with [+] are specially recommended)


EN ESPAÑOL | IN SPANISH | EM ESPANHOL

Cincuenta años de Rayuela, lúdica y genial
http://www.ultimahora.com/cincuenta-anos-emrayuelaem-ludica-y-genial-n628271.html

Una exposición recuerda la obra cumbre de Julio Cortázar, "Rayuela"
http://www.rtve.es/alacarta/videos/telediario/exposicion-parisina-recuerda-obra-cumbre-julio-cortazar-rayuela/1896987/

Rinden homenaje a Julio Cortázar en 50 aniversario de "Rayuela"
http://www.telesurtv.net/articulos/2013/06/27/homenajean-a-julio-cortazar-en-50-aniversario-de-rayuela-9962.html

Cumple 50 años ‘Rayuela’ de Julio Cortázar
http://aristeguinoticias.com/2806/kiosko/cumple-50-anos-rayuela-de-julio-cortazar/

Lanzamiento del Año Cortázar 2014
http://noticias.terra.com.ar/sociedad/lanzamiento-del-ano-cortazar-2014,6a5ef95c2487f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Celebran en Argentina medio siglo de ‘Rayuela’, de Julio Cortazar
http://www.excelsior.com.mx/comunidad/2013/06/28/906431

Argentina recuerda aniversario de Rayuela de Julio Cortazar
http://article.wn.com/view/2013/06/29/Argentina_recuerda_aniversario_de_Rayuela_de_Julio_Cortazar/#/related_news

Aurora Bernárdez, la memoria viva de Julio Cortázar
http://www.cuartopoder.es/detrasdelsol/aurora-bernardez-la-memoria-viva-de-julio-cortazar/4030

"Rayuela" de Julio Cortázar cumplió 50 años
http://cnnchile.com/noticia/2013/07/02/rayuela-de-julio-cortazar-cumplio-50-anos

50 Años de Rayuela de Julio Cortázar
http://www.youtube.com/watch?v=4qbZnrvX790

"Bolero" de Cortázar leido por Sabrina Vox
https://soundcloud.com/sabrina-vox/bolero-julio-cortazar

Rayuela: El París de Cortázar
http://paris.cervantes.es/FichasCultura/Ficha89216_30_1.htm

[+] Clases de literatura con Julio Cortázar
http://www.estandarte.com/noticias/libros/varios/clases-de-literatura-de-julio-cortazar_1931.html

[+] Julio Cortázar — Biblioteca • Fundación Juan March
http://www.march.es/bibliotecas/repositorio-cortazar/?l=2


IN ENGLISH | EN INGLÉS | EM INGLÊS

Playing “Hopscotch” with Julio Cortázar
http://www.salon.com/2013/06/29/playing_hopscotch_with_julio_cortazar_partner/

The Difficulty of Julio Cortazar’s Hopscotch
http://thevoyageoutbookgroup.wordpress.com/2013/07/03/the-difficulty-of-julio-cortazars-hopscotch/

How to Win at Hopscotch: The 50th Anniversary of Julio Cortázar’s Novel
http://lareviewofbooks.org/article.php?id=1807&fulltext=1

[+] La Maga on Fashion Served
http://www.fashionserved.com/gallery/La-Maga/114117


EM PORTUGUÊS | IN PORTUGUESE | EN PORTUGUÉS

Argentina dedica ano em homenagem a Julio Cortázar (1914-1984)
http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/argentina-dedica-ano-em-homenagem-a-julio-cortazar-1914-1984/623516/

Clássico do argentino Julio Cortázar é relançado aos 50
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/07/1310377-classico-do-argentino-julio-cortazar-e-relancado-aos-50.shtml

Cortázar inspirou Godard
http://www.lpm-blog.com.br/?p=21542

O Jogo da Amarelinha faz 50 anos
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1389160&tit=O-Jogo-da-Amarelinha-faz-50-anos-tadmidia-src688130

Julio Cortázar e o seu jogo da amarelinha
http://www.universitariafm.ufes.br/noticias/julio-cortazar-e-o-seu-jogo-da-amarelinha

Mario Vargas Llosa fará homenagem a Julio Cortázar em Madri
http://nossocdl.blogspot.com/2013/07/mario-vargas-llosa-fara-homenagem-julio.html

Viúva de Cortázar e Mario Vargas Llosa relembram a amizade dos três
http://oglobo.globo.com/cultura/viuva-de-cortazar-mario-vargas-llosa-relembram-amizade-dos-tres-8917434

domingo, 14 de julho de 2013

Lima Duarte recita texto de Julio Cortázar no programa Globo Universidade

O título do vídeo deveria dizer "interpreta" em vez de "recita", porque Lima Duarte não lê o texto ipsis litteris, mas o interpreta. De qualquer maneira, uma bela (re)leitura de Cortázar, que finalmente vai ganhando um pouco da atenção que tanto merece.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A Menina sem Qualidades e Cortázar

Há algum tempo a MTV vem exibindo a minissérie "A Menina sem Qualidades", dirigida por Felipe Hirsch e baseada no livro "Spieltrieb", da autora alemã Juli Zeh. Embora a série tenha me chamado a atenção, não sentei para assistir aos episódios. Mas isso pode mudar, porque veja as relações (implícitas e explícitas) que a obra tem com o grande cronópio (obrigado ao leitor do blog que mandou esse link e essa imagem tão interessantes):

Início do episódio 7

Início do episódio 8

terça-feira, 21 de maio de 2013

Rayuela 50 Anos: Reler Rayuela



Já é difícil escrever sobre a leitura de “Rayuela”. Imagine, então, escrever sobre a releitura desse livro monumental. Mas, bem, já que as editoras e outros responsáveis parecem que irão deixar o cinquentenário do livro passar em branco aqui no Brasil, o autor do Morellianas vai ter de sair da preguiça, abrir um espaço na sua lista de tarefas escrita em um papel amassado, e escrever sobre o assunto.

Da primeira vez, lemos para conhecer a história. Tropeçamos a cada torção na linguagem e na técnica narrativa. Fazemos um esforço para decorar tantos nomes estrangeiros e associá-los às suas personalidades. Rascunhamos um mapa de Paris na cabeça para tentar não nos perder nas ruas e linhas. A primeira leitura, então, é para confundir-se, desesperar-se, maravilhar-se. A primeira vez é a que nos muda. O leitor (ao menos aquele que sentirá o impulso de reler “Rayuela” mais tarde) é um antes e será outro após a leitura: opera-se a mudança, de AR para DR. De “Antes de ‘Rayuela’” para “Depois de ‘Rayuela’”.

Na segunda vez, lê-se com o desejo de se situar mais na história. Com tanta informação extratextual, com tanta retomada do que já fui dito e adiantamento do que não foi dito, é compreensível que um dos principais sentimentos remanescentes na cabeça do leitor após a primeira leitura seja o atordoamento. Claro que o atordoamento também é mérito da imensa força do livro, da desconcertante história de Horacio e Maga e Rocamadour e todo o Clube da Serpente. Por tudo isso, a segunda leitura talvez seja sempre a que busca reviver o sentimento de estar maravilhado, de ver-se abalado, de ter o chão literário sobre seus pés subitamente revogado; isso sem deixar de buscar estabelecer melhor as caóticas ligações (temporais, causais e outros “ais”) que cruzam todo o livro.

Há, então, a terceira leitura, a segunda releitura. Esta prescinde de vez do entender. Porque é claro que já não buscamos entender a Maga, entender Oliveira, entender Traveler e Talita. Da mesma forma que não buscamos mais entender o que já nos entrou pela pele, o que sentimos como parte de nós; não buscamos entender o piscar dos olhos, os movimentos reflexos do instinto. O que se passa é que, sem cessar o movimento da leitura, nos detemos no instante e apreciamos a beleza da imagem total. Cortázar, compositor de figuras, pintor de quadros do texto, cristalizador de linhas em algo mais do que a soma de suas palavras.

O capítulo 8, por exemplo, talvez passe despercebido na primeira leitura, e não desperte maiores interesses na primeira releitura, pequeno e despretensioso como é, entre gigantes como o vizinho famosíssimo, capítulo 7. Mas em suas duas páginas, esse capítulo diz muito. Muito sobre o estilo de Cortázar (não estilo puramente literário... um estilo para o qual não encontro adjetivos que lhe façam justiça; seu estilo-jeito-de-ver-o-mundo, ele que adorava escrever assim, com hífen), sua maneira de nos transportar, vagarosa e progressivamente, como que para uma dimensão paralela, abstraindo e quase anulando o ambiente à volta, sem, contudo, eliminá-lo (por outra: transformando-o em uma região de tríplice fronteira entre o existir o sentir e o imaginar). Veja só:

“(...) todos os aquários ao sol e, como suspensos no ar, centenas de peixes cor-de-rosa e negros, pássaros quietos em seu ar redondo. (...) esses aquários, ao sol, verdadeiros cubos ou esferas de água que o sol misturava com o ar, e os pássaros cor-de-rosa e negros, girando e dançando docemente numa pequena porção de ar, lentos pássaros frios (...) compreendíamos cada vez menos o que é um peixe; por esse caminho de não compreender, íamos ficando cada vez mais perto deles, que não se compreendem. (...) E nós pensávamos nessa coisa incrível que havíamos lido, que um peixe sozinho no seu aquário se entristece e, então, basta colocar um espelho em frente do vidro e o peixe volta a ficar contente... (...) Este era o tempo deliqüescente, algo como um chocolate muito gostoso ou um creme de laranja da Martinica, durante o qual nos embriagávamos de metáforas e analogias”

Toda essa belíssima imagem, acredito que criteriosamente construída com palavras escolhidas, é cuidadosamente destruída pela escatologia do final do capítulo, que nos devolve de golpe à realidade da vida cotidiana, chã.

O que poderia parecer frustrante para o leitor e sem sentido para o releitor de primeira viagem é, para quem já releu algumas vezes “Rayuela” e leu também outros livros de Cortázar, uma interessante característica do franco-belga-argentino. Construir toda uma imagem bonita, edificante, etérea... para depois botar tudo abaixo. Lembram-se de “Faça como se estivesse em sua casa” (“Haga como si estuviera en casa”, no original em espanhol), texto que aparece nas últimas páginas de “Histórias de Cronópios e de Famas”? Pois é. “Rajá, perro”.

Mas a melhor releitura que se possa fazer de “Rayuela” só se pode conseguir após um período afastado do livro. É preciso, creio ter chegado a essa conclusão, reler a própria vida – reler e seguir a escrevê-la – antes de reler a obra-prima de Cortázar. Após ler outros livros, assistir a novos filmes, ver vicejar um amor, mudar um ponto de vista, topar outro desafio às vezes assustador... Depois de tudo isso, ou de outros acontecimentos que nos movam e comovam, aí, sim, é mais enriquecedor reler “Rayuela”. Porque será outro livro, sem deixar de ser o mesmo. O mesmo ímpeto de busca, achar-se cego por ter visto tanto e são de tanto haver enlouquecido; mas travando novas relações, sentindo a história do lado de lá e do lado de cá como um símbolo de sua própria história que transita e muda e se transforma, sempre em busca do “kibbutz do desejo” de cada um.

sábado, 6 de abril de 2013

Imaginantes: Encuentro con el azar

Nosso amigo internacional Chris Kearin me enviou este link, que não sei se já compartilhei. Então, aí vai...
(Our international friend Chris Kearin sent me this link, that I'm not sure I've shared already. So, here it is...)

terça-feira, 26 de março de 2013

Rayuela em hebraico (e em português não) e stop motion!



- Nosso amigo leitor Rafael informa que finalmente sairá a versão para o hebraico de “Rayuela”.

- Por falar em “Rayuela”, parece que o tradutor Eric Nepomuceno e o grupo editorial Record vão deixar passar uma ótima chance de publicar uma nova tradução do livro. Há anos atrás, Nepomuceno deu uma entrevista a um blog do Programa de Pós-Graduação da Universidade Gama Filho comentando sobre o andamento de uma nova tradução de “O Jogo da Amarelinha” que ele mesmo estaria fazendo. Mas o prazo dado pór Eric já passou há muito tempo. Contatei tanto o tradutor quanto a editora e... nenhuma resposta.

- Encontrei um videozinho muito simpático sobre cronópios, famas e esperanças. Vejam aí:

sexta-feira, 8 de março de 2013

L&PM publicará antologia de Cortázar

Julio Cortázar já foi publicado no Brasil pelas editoras Brasiliense, Cosac Naify, Expressão e Cultura, Galerinha Record, Jorge Zahar, Nova Fronteira, Perspectiva e por três selos do Grupo Editorial Record (cujos livros são os mais fáceis de encontrar nas livrarias, novos): Besbolso, Civilização Brasileira e José Olympio.

Outra editora irá entrar pra essa lista: a gaúcha L&PM, que lançará uma coletânea de contos de JC. Foi o que a editora postou em seu Facebook.

O livro também incluirá uma nova tradutora na lista dos que trouxeram Cortázar para o Português: Heloisa Jahn. Heloisa tem vários livros traduzidos, a maioria publicados pela Companhia das Letras.


Reproduzo o texto postado pela L&PM em seu Facebook, abaixo:

Entre os estreantes do ano na Coleção L&PM Pocket está Julio Cortazar.

Chega em maio uma antologia de contos com organização de Sérgio Karam e tradução da Heloisa Jahn:

"A casa tomada" / Casa tomada
"O perseguidor" / El perseguidor
"A porta condenada" / La puerta condenada
"Comportamento nos velórios" / Conducta en los velorios
"A autoestrada do Sul" / La autopista del sur
"Manuscrito achado num bolso" / Manuscrito hallado en un bolsillo
"Tango de volta" / Tango de vuelta
"A escola de noite" / La escuela de la noche

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cortázar na UFRGS

Os cinquentenário de publicação de "Rayuela" ("O Jogo da Amarelinha", no Brasil) tem rendido à obra de Cortázar um pouco da atenção que livro e autor merece e que raramente recebem. Primeiro foi a notícia de que a "Alfaguara colocará á disposição dos leitores toda a obra de Cortázar" (fonte aqui). Aliás, duvido que seja a obra realmente completa e acredito que a Alfaguara republicará apenas os livros que já publicou, mas que não realizará o que a Galaxia Gutenberg falhou, pelo menos até agora, em fazer: publicar TUDO o que se possa achar de Julio Cortázar. A GG vem nos enrolando com suas "Obras Completas" há 10 anos e até agora não publicou todos os volumes, tendo, inclusive, pulado um (V) na ordem de publicação.

Agora é a Universidade Federal do Rio Grande do Sul que aproveita o meio século do livro para fazer algo difernete. Estudo na UFRGS desde 2006 e, à exceção de um dia em que Julio recebeu atenção dentro de um ciclo de palestras sobre literatura latino-americana, o que deve ter acontecido lá por 2007, nunca mais vi nada que discutisse o cronópio por lá. A palestra sobre Julio foi dada por Janaína de Azevedo Baladão de Aguiar, atualmente professora da Faculdade de Letras da PUC-RS, mas que, pra mim, continua sendo simplesmente a amiga Jana.

Talvez para se redimir pisada na bola passada, a UFRGS oferecerá um curso de extensão, com encontros a cada 15 dias, no início das tardes das quintas-feiras, de março a dezembro. Serão 14 encontros de uma hora cada, o que não é pouca coisa. As professoras encarregadas de botar alguma ordem nos cronópios serão Liliam Ramos e Karina Lucena (uma busca na internet indica perfis interessantes pra essa tarefa).

Seria de se imaginar que eu estarei lá, mas... não sei.... a linguagem da página que descreve o curso já me dá sono, com aqueles "construção narrativa", "linguagens artísticas" e outras expressões que encrespam meu antiacademicismo...

Mais detalhes:
http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/obra-de-julio-cortazar-e-tema-de-curso-de-extensao-no-instituto-de-letras

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Capítulo 7 de O Jogo da Amarelinha em várias línguas

O capítulo 7 de "O Jogo da Amarelinha" deve ser o mais lido de todo o livro. O primeiro texto do Cortázar que li foi esse capítulo. E também deve ser o mais lido em voz alta. O próprio Cortázar já o leu para uma gravação. Na internet, se acham outras leituras - especialmente em espanhol, mas também em português, inglês e - acabei de achar - em italiano. Vejam só:


Espanhol (lido por Julio Cortázar)




Português (lido por Rita Silva)




Inglês (lido por Pablo Aguilar)




Italiano (lido por Giancarlo Cattaneo)



E aí, o que acharam?

Conhecem uma leitura em outra língua? Poste aqui nos comentários!